O Fiat Grande Panda deve ser a bola da vez no próximo ano, quando a marca completa 50 anos de atuação no Brasil e dará origem a uma família de veículos. O anúncio foi feito pelo CEO Herlander Zola em um evento com jornalistas do setor automotivo em São Paulo. Sem mencionar o nome do veículo, Zola disse que será um novo “veículo compacto” em um conjunto de 16 novidades do grupo Stellantis para a região.

O Fiat Grande Panda tem feito o sucesso na Europa e em breve estará no Brasil. E não deve vir sozinho. O Panda dará origem a um SUV compacto, uma picape e um SUV cupê.
Quem o Panda vai substituir?
O Fiat Grande Panda não vai substituir nenhum veículo logo de cara. Em um primeiro momento o Mobi fica na linha como carro de entrada e o Panda que também pode se chamar Uno ou mesmo Argo será um crossover de compacto com novo SUV compacto da marca. E com o tempo vai sacrificar Pulse e depois também o Fastback haja visto que terá uma versão SUV e SUV cupê ainda em desenvolvimento.

O AutoShow já testou o Grande Panda na Itália porém equipado com motor 1.2 turbo e sistema eletrificado além da versão elétrica que é uma das variações possíveis do compacto. O Fiat panda representará uma nova fase da marca do Brasil. Ele não tem nenhum parentesco com o Fiat pulse ou com o Argo e deve substituir os dois modelos a longo prazo.
Na ficha técnica o Grande Panda São 3,99m de comprimento (o mesmo do Argo), 2,54m de entre eixos (o mesmo do Citroën C3), 1,58m de altura e 1,76m de largura. Sao 361 litros de porta malas na versão elétrica e 412 nas versões a combustão e híbridas.

Seu visual é bastante jovial, com linhas retas e altivas bem similares ao de um SUV compacto. O acabamento interno mescla tecido em boa parte material de fibras naturais e acabamento plástico.
A versão disponível na Europa tem itens como controle de Cruzeiro adaptativo, alerta e frenagem automáticos, alerta de ponto cego entre outros itens como uma multimídia bem conectada e som de boa qualidade graças a acústica do carro com bastante tecido. Chama a atenção o freio a disco traseiro, algo inédito para os Fiat pequenos.
Tivemos a chance de guiar o grande panda na pista de testes da Fiat em média velocidade. O que chama atenção à primeira vista é o visual ousado do carro com linhas retas e o perfil mais alto do que o normal para um hatchback.
Silencioso, notamos que o motor a combustão entra um pouco mais tarde em ação do que os modelos similares híbridos leves como pulse e Fastback. Isso se deve ao sistema elétrico mais forte que ajuda a impulsionar o Grande Panda.
Na Europa o Panda tem 100cv o que é suficiente para rodar com silêncio desempenho do câmbio de dupla embreagem e seis velocidades. As reduções são suaves sem “segurar” o carro mantendo a marcha atual o que traz desempenho mais esportivo.
Na suspensão, um carro mais alto tende a inclinar um pouco mais porém no Panda o trabalho foi bem ajustado. Ele tem precisão em curvas e certo silêncio com bom isolamento acústico.

A direção elétrica também oferece o peso correto e nos modos de condução é possível ajustar um pouco o carro ao perfil do motorista.
Ainda é cedo para falar em consumo mas na Europa o Grande Panda híbrido 48V faz 25km/l na cidade. No Brasil com 30% de etanol ou combustível vegetal puro o consumo não será tão brilhante assim.
Seja como for o Grande Panda tem muito potencial. A partir dele virão outros quatro modelos da linha Fiat incluindo uma picape até 2030 renovando todo o portfólio de produtos.
Ficha técnica do Grande Panda híbrido 48V na Itália
Comprimento; 3,99m
Largura: 1,76m
Altura; 1,58m
Entre-eixos: 2,54m
Motor; 1.2 T-Gen3 três cilindros turbo com injeção direta de combustível com 100cv
Combustível; gasolina
Motor elétrico: sistema híbrido leve 48V com 28cv
Potência: 110
Torque; 20,5kgfm de torque
Câmbio; e-DCT dupla embreagem de seis velocidades
Velocidade máxima: 160/h
Consumo: 25km/l